“Sou um não-crente profundamente religioso”
A. Einstein

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Vilén Flusser

Diante da natureza divina, o homem vive em estado de culpa permanente.
Ele procura a Deus, não para esclarecer as culpas, mas para pedir perdão.
Intimamente o homem sabe da futilidade de pedir perdão, mas persiste porque prefere não dar ouvido às suas convicções íntimas.
Talvez seja por isso, que às vezes, Deus nos olha com indiferença e desprezo.
Mesmo sabendo que a força divina é complicada demais para acatar nossas rotinas, o homem se esforça em impor a Deus, a rotina de conceder perdões.
Quem sabe devemos entender aí o ensinamento de Kafka: “Passei toda a minha vida, a combater o desejo de acabar com ela”.